Poster (Painel)
102-1 | Microbiota e Qualidade do Solo de Mata Atlântica em área urbana | Autores: | Barbosa, D.R. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Teodoro, C.E.de S. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Santos, F.S.dos (UFF - Universidade Federal Fluminense) |
Resumo A Área de Relevante Interesse Ecológico, ARIE Floresta da Cicuta, pertencente ao bioma Mata Atlântica, é um raro remanescente de Floresta Estacional Semidecidual do estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Barra Mansa e Volta Redonda. A pesquisa trata-se do diagnóstico do solo da ARIE e inclui levantamento de informações da microbiologia com o objetivo de se avaliar a qualidade do solo em ponto de área degradada e de área florestada. Foram colhidas amostras em duas trilhas, Porteira da Fazenda em área degradada e exposta, e na Trilha da Velha, em área florestada, para respiração microbiana, carbono de biomassa segundo EMBRAPA (2007), em coletas realizadas em período seco (janeiro/2014) e chuvoso (julho/2013). Para análise da microbiota do solo em período seco, fez-se diluições seriadas de amostras coletadas e avaliado o crescimento de fungos em meio de cultura Sabouraud e bactérias em Tryptone Soya Agar-TSA em valores de pH 4,5; 6,5 e 8,5 e temperaturas 30°C e 55°C. A técnica utilizada foi de plaqueamento em superfície e os resultados expressos em Unidades Formadoras de Colônia–UFC por grama de solo. O índice pluviométrico e temperatura foram adquiridos em estação meteorológica próxima à ARIE. A Trilha da Velha apresentou respiração microbiana no seco 0,691857683 mgC-CO2.g-1BMS-C.h-1, e no chuvoso 0,973577706 mgC-CO2.g-1BMS-C.h-1. A Porteira da Fazenda, respectivamente 0,785513306 mgC-CO2.g-1BMS-C.h-1 e 2,821048616 mgC-CO2.g-1BMS-C.h-1. O carbono de biomassa na Trilha da Velha no período chuvoso foi de 0,456122449 mgCkg-1 e 0,93972332 mgCkg-1 no seco. Porteira da Fazenda, 0,296938776 mgCkg-1 no período chuvoso e 1,040513834 mgCkg-1 no período seco. Nesta, com pH do solo em água 7,49, observou-se fungos termófilos neutrófilos com <1,0x104 UFC/g de solo est. e mesófilos e neutrófilos 2,4x106 UFC/g de solo. Para bactérias mesófilas alcalinófilas obteve-se 4,1x106 UFC/g de solo e termófilas mesófilas 3,3x104. Na Trilha da Velha de pH 4,53, para fungos termófilos observou-se <1,0x104 UFC/g de solo est. e mesófilos neutrófilos 4,8x106 UFC/g de solo. Para bactérias, foram observadas mesófilas neutrófilas com 5,8x106 UFC/g de solo. Assim, a área degradada e exposta às intempéries apresentou maiores respostas da microbiota do solo às mudanças sazonais em relação à área conservada no centro da floresta. As diferenças encontradas nos demais valores de pH devem-se às condições da área: o solo florestado é naturalmente ácido e a área degradada o solo apresentou-se neutro. Palavras-chave: carbono de biomassa, diagnóstico, respiração microbiana, unidade de conservação |